quinta-feira, 16 de abril de 2015

O Crime do Verão

E a onda de crimes contra o patrimônio decorrentes do aquecimento da economia no fim do ano não terminou. Se por um lado as pessoas sofreram com os assaltos e furtos em virtude da grande movimentação financeira do natal e réveillon, agora os arrombamentos a residências tem sido o alvo dos delinquentes, que aproveitam o marasmo das cidades do interior, ocasionado pela peregrinação das pessoas no litoral pernambucano no mês de janeiro, para subtraírem bens de valor na casa dos que foram curtir o verão. Muitas pessoas tratam de se prevenir contra esse tipo de crime, que geralmente é praticado por usuários de drogas na calada da noite ou pelas madrugadas e diante destes alarmantes casos  é que surge os velhos conhecidos Guardas do Apito. Estes que se auto intitulam vigilantes da rua não possuem nenhum compromisso com o cidadão, trabalham quando querem e muitas vezes colaboram para o cometimento de crimes desta natureza, funcionando como olheiros e atuando preferencialmente contra os moradores que não contribuem com a caixinha mensal. Então, as pessoas acabam pagando aos guardas do apito, mas não por acreditar no serviço prestado, e sim por temerem sofrer uma retaliação por partes dos mesmos. Ninguém é obrigado a pagar por um serviço que não contratou e caso haja qualquer exigência de valores por esses vigias, a mesma é ilegal, podendo em alguns casos configurar crime de extorsão, ocasião em que deve-se imediatamente procurar a polícia e relatar os fatos. Bem, a melhor prevenção contra os arrombamentos é manter a casa sempre habitada e deixar a residência sempre trancada, mesmo quando você for ali na esquina. Existe um ditado que diz: "A ocasião faz o ladrão", logo qualquer facilidade pode lhe tornar a próxima vítima. Para aqueles que querem investir em segurança residencial é importante lembrar que ele deve ser proporcional ao valor dos bens que existem na casa, havendo uma imensa variedade de produtos no mercado voltados para a prevenção, cabendo a cada um avaliar o custo-benefício. O importante é não viajar neste verão e deixar a casa desguarnecida, confiando na sorte ou no guarda do apito e tendo uma péssima surpresa no retorno para casa. Então, avalie o que pode ser feito para dificultar ao máximo a ação dos criminosos e se suas condições financeiras não permitem novos gastos, faça ao menos o básico, ou seja, tranque todos os cômodos da casa e leve todas as chaves e faça contato telefônico diariamente com os seus vizinhos. Se não conseguir evitar esse transtorno, que é o arrombamento, não deixe de comunicar os fatos a polícia, pois não existe crime perfeito, bem como, seu registro colaborará para que a polícia evite novos casos deste tipo no seu bairro.

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