É evidente que o aumento do desemprego, a inflação em alta e os juros elevados refletem de certa forma no aumento da violência, mas certamente o impasse entre o governo e os policiais civis no que tange a negociação salarial agravou a situação. Caruaru, por exemplo, que funciona como um termômetro para as demais cidades do agreste, superou nos 8 meses de 2015 o número total de homicídios ocorridos no ano de 2014.
Diante deste quadro, políticos se reuniram com a cúpula da polícia civil e militar na Capital do Agreste para que fosse apresentado um plano de ação, visando combater o crime e reduzir a violência no agreste pernambucano. Para tentar amenizar os números negativos foi reinaugurada a Delegacia da 89ª Circunscrição no bairro do Salgado, a vinda de novos Delegados e um remanejamento de 260 policiais militares para a área.
Vale salientar, que o aumento da criminalidade não é exclusividade do agreste, mas de todo estado e certamente o ponto de partida para se resgatar a segurança deve ser uma negociação do governo com a categoria dos policiais civis. Normalizando a polícia judiciária certamente os números tenderão a melhorar, mas é preciso também que seja retomada as obras para novas estruturas da polícia civil, tais como os prédios da Diretoria do Interior, Delegacia Seccional, a 3ª Divisão de Homicídios com duas Delegacias de Homicídios e a 3ª Delegacia de Caruaru, além do IML e IC. Ademais, um novo concurso para agentes, escrivães e delegados amenizariam a falta de policiais que deixaram a polícia civil entre 2006, ano do último concurso, e 2015.
O governo deve enfrentar a crise e não o servidor. O corte de gastos devem ser focado nos supérfluos e jamais no essencial. Não favorecer umas categorias em detrimento de outras e ser transparente nas decisões. A turbulência vai passar e todos esses obstáculos serão superados.
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